Hoje olhei pra trás e vi a estrada que percorri estampada de saudade. As paisagens de afrescos minimalistas que retratam minha vida
onde tive ganhos e perdas, encontros e desencontros, partidas e chegadas, nascimentos
e luto, nostalgia e alegrias, frustrações e felicidade, êxitos e fracassos. Ouvi
sons diversificados de cada fase que
vivi: danças de rodas da ingenuidade; Jovem Guarda na puberdade; minha música
clássica preferida, Noturno em Si Bemol Menor Opus. 9 nº 1, de Chopin, que marcou
a lembrança do primeiro amor. Depois cheguei na etapa do MPB que gosto até
hoje. Ah! Ouvi o eco das cantigas de
ninar que cantei por mais de dez anos. Em
dado momento percebi que num passado próximo reabilitei um gostar esquecido, desenhos animados,
filmes infantis, canções de ninar, porque me tornei AVÓ. As portas dessa
estrada nunca se fecharam, pois todos os dias vão surgindo telas que pinto com
o pincel coração. As matizes variam por causa dos meus sentimentos, mas existe a esperança que as
cores sejam vibrantes e iluminadas pelo amor impregnado em
minha alma e que Deus é o precursor da
minha fé, para que jamais deixe de lutar pelos sonhos que ainda desejo
realizar.
Feliz dia dos avós!
by Maria de Deus Oliveira
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