Maria de Deus Oliveira
Na verdade nós somos responsáveis por nossas escolhas e se às vezes elas não correspondem ao nosso ensejo, é porque ninguém tem bola de cristal para adivinhar o que nós desejamos. É preciso que se jogue limpo e diga ao outro o que se quer. Cada um de nós hoje, infelizmente, está preocupado bem mais consigo próprio e esquece que o partilhar é muito mais gratificante do que a mesquinharia. Muitas vezes fazemos uma festa na nossa casa e não convidamos todos os amigos por medo de que o planejamento não dê para todos e no final da festa quando sobram tantas coisas, ficamos a nos lastimar: - Por que não convidei FULANO? Ele é tão divertido; - E SICRANO? Canta tão bem!; – Estou arrependida de não ter convidado BELTRANO! Vixe! Ele é um luxo! Ia ser um espetáculo! Tarde demais para arrependimentos. O tempo não volta atrás e perdemos de usufruir tantas coisas boas e tantos momentos há mais de alegrias, por conta do nosso egoísmo e haja desencontros. Mas uma coisa eu tenho certeza que ninguém faz isso de propósito, a vida tem nos negado tantas oportunidades de sermos felizes, que cada um está a procura desvairada de ser feliz, não importa como. Nem sempre a proposta que fazemos ao outro lhe traz felicidade, alegria, bem estar, pois cada um tem sua maneira de ser e de pensar, então não aparece, inventa uma desculpa qualquer para não ser grosseiro, mas some e nós ficamos só fazendo conjecturas do quê afastou aquela pessoa tão querida de perto de nós. É necessário que sejamos abertos aos questionamentos e contra propostas quando formos planejar alguma coisa. Temos que ter a certeza que é do desejo de todos e para isso existe o consenso. Não podemos agradar gregos e troianos, mas como vivemos numa democracia, pelo menos o voto da maioria tem que vencer. Se não fizermos isso e insistimos em ser radical, naquilo que só é gratificante para nós, corremos o risco de entramos numa barca furada e ninguém tem culpa no cartório se o desejo dele não é igual ao nosso porque cada um é ser único e seu programa pode não ter nenhum adepto. Para haver compatibilidade na felicidade, precisa-se de trocas, cada um fazer a sua parte, mas também não devemos exagerar na preocupação de agradar normalmente, nem sempre temos que dizer sim, quando se quer dizer não. Viver é muito complicado e mais ainda quando encarnamos um personagem que não é o nosso verdadeiro eu para conseguirmos alguma coisa. Um dia a carapuça cai e com ela afunda todos os planos, por isso temos que ser autênticos conosco e com os outros. Se não gostarem, deletem-nos! Não vamos morrer por isso, estamos vivos, temos a chance de procurar aquilo que queremos e realmente nos faz feliz, embora que para isso tenhamos que promover um acordo entre as partes e de mãos dadas, para não nós perdermos um dos outros durante a caminhada, usufruir cada instante com prazer, vivenciar muito carinho, amor, respeito, sentindo satisfação e responsabilidade em promover um a felicidade do outro. Não posso assegurar que assim seremos felizes, mas é uma alternativa coerente, pois desejo que eu e você encontremos os princípios básicos que asseguram uma vida mais saudável, compreensão e com mais amor.
Um comentário:
Lindo texto e sábio texto!
Temos opções de ser/fazer o bem, embora nem sempre acertamos, mas temos o dever de não obrigar e brigar (literalmente)falando...
Postei em meu blog algum tempo atrás:
Faça a sua parte
Eu explico: trabalhei em uma seguradora, mais precisamente no oitavo andar. Todos os dias quando eu entrava no elevador no térreo, que vinha do subsolo, eu cumprimentava as pessoas com um BOM DIA! Com exceção do “seu Oscar” – ascensorista - os demais nem sequer me olhavam. E de segunda a sexta-feira era o mesmo ritual e o mesmo “gelal”. Um dia o seu Oscar, me perguntou por que eu insistia em desejar bom dia, se ninguém me retribuía. Respondi: Faço a minha parte!
No dia seguinte, tive uma grata surpresa, mal coloquei os pés no elevador e todos juntos: - BOM DIA!
* Eu sempre tento ser melhor do que sou. E sei que vc tb DD!
MIl bjos.
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