PARA MEUS AMIGOS VIRTUAIS

AUTOR: MARIA DE DEUS OLIVEIRA

Quando eu fazia parte de um grupo maravilhoso de amigos do orkut, recebi uma mensagem da minha amiga Dalva sobre a campanha de não apagar os recados, e jamais, mesmo se fosse por decreto, não apagaria porque cada um trazia uma pequena parcela de meus amigos e que se apagados não teria mais como reler, porque era uma forma de ir conhecendo aos poucos dos meus amigos a personalidade: quando estavam tristes ou contentes, pois querendo ou não, nós transmitimos sem querer os nossos sentimentos. Tristes, tendemos escolher escritos impregnados de tristeza, e quando alegre, os recados exultam alegria; isso faz parte do ser humano. Mas seria tão bom se pudéssemos pegar as tristezas e puxá-las do coração como uma descarga prolongada, até descer tudo e depois dá um sorriso bem gostoso e dizer: olha é isso que você merece, esgoto! Só o que vem de baixo e me atinge é formigueiro. Seria maravilhoso não é? Outra coisa que funciona bem é, diante do espelho, colocar todos as mágoas: xingue, diga tudo o que sente e finalmente troque a porta de saída de casa, drible a tristeza, brinque de esconde, esconde. Ela vai ficar cansada de lhe procurar e vai embora. Isso só depende de você querer ser feliz ou ser triste. Nunca deixe sua felicidade depender de alguém. Ela é única, porque é sua. Se alguém quer partilhar que venha, mas sabendo que você é quem manda e desmanda nas regras. Cresça, pois só crescendo você não vai ter que ouvir calado e obedecer, e seja feliz! Mas também nunca use e nem queria dar uma rasteira em ninguém para conseguir o que quer, porque o castigo anda a cavalo, mas um dia chega! Nem esqueça que o o inferno está dentro de nós e se arrancar todas as ervas daninhas, terá colheitas maravilhosas.

Saí três vezes do orkut por conta de pessoas maldosas. Voltei e fui recebida com muito carinho. A mais brilhante reflexão é aquela que fazemos sobre nós mesmos e nos auto-avaliamos como pessoa humana, buscando corrigir os nossos erros e aprimorar os nossos acertos. Não foi eu quem errou, portanto não teria nada a temer. Sou feliz por ter sinceros amigos.